terça-feira, 20 de julho de 2010

A verdadeira maionese

Não, nada a ver com tangos e tragédias... hoje vamos falar sobre duas teorias que comentam sobre o "ser" humano, uma delas a do "eu verdadeiro".
A idéia de que quem você mostra ser no seu dia-a-dia não é quem você realmente é é algo que todos entendem à medida que vão crescendo. As convenções sociais te obrigam a se portar de tal ou qual maneira, independente da sua vontade, ou você não será bem visto ou ainda aceito. Provavelmente foi algum poeta que romantizou a idéia de um Eu verdadeiro, uma persona escondida por baixo de toda essa simulação coletiva, e que remete à quem você é de verdade, lá nas entranhas mesmo. Eu tendi pra essa idéia a maior parte da minha vida, inclusive passei grande parte esperando que alguém conseguisse ver essa persona e me dissesse como ela (e consequentemente eu) era. =/

O problema dessa teoria é sua indefinição, pois até um assassino poderia ter um eu verdadeiro muito lindo e bonzinho (e quem dirá que não?). Eu poderia roubar de pessoas toda a minha vida e ter na minha consciência que eu na verdade não sou assim, afinal, meu eu verdadeiro não é um ladrão. Mas bem, desde que dividiram o consciente e o inconsciente na mente ser humano, sabemos que a personalidade de alguém não é tão simples (ou conveniente) assim. Já dizia a sinopse de MPD.

É aí que entra o que eu chamo de "a teoria da cebola". Segundo ela, as pessoas seriam como cebolas, compostas de várias camadas, o detalhe é que algumas são mais internas do que as outras. Uma camada você mostra só para sua família, outra para seus amigos, outra para seus colegas, mas o que importa é que, no fim do dia, você é a soma de todas elas. Seria impossível negar uma delas por mais superficial que fosse, pois ela é a sua interpretação de superficialidade, faz parte de você.
Como não gosto muito de cebola, enquanto isso eu continuo a procurar...

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